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Baixa histórica no rio Paraguai atrasa comércio exterior da região
O rio Paraguai tem origem no Brasil, cruza o território paraguaio e deságua no rio Paraná, na Argentina. A rota é internacionalmente conhecida por suas exportações de grãos e outros insumos agrícolas, movimentando cerca de 611 mil toneladas em cargas.

As embarcações que transportam mercadorias ao longo do Rio Paraguai estão atualmente transportando metade da sua carga em função da extrema baixa do rio. O comércio fluvial da região tem sido duramente afetado, assim como as empresas que dependem dessa rota para realizar seus processos. Segundo especialistas, a seca teve origem há cerca de três anos e deverá ocorrer até meados de 2022 no Paraguai, país que corresponde ao quarto maior exportador de soja do mundo, e acaba comprometendo o escoamento de produtos da Argentina também, que vem sofrendo as consequências da crise hídrica. O principal porto afetado é o Porto de Rosário, pelo qual quase 80% das exportações são escoadas. E para o Brasil, a seca do rio pode acarretar em prejuízo, já que mais de R$6 milhões foram investidos na reestruturação do Porto Fluvial de Cáceres, no Mato Grosso, que faz fronteira com a Bolívia e depende do volume regular dos rios para operar em normalidade. O porto, que estava inoperando há dez anos, tinha previsão de retornar às atividades em 2022, o que certamente não poderá ser cumprido caso o volume do rio Paraguai não volte ao ideal. Uma das principais hidrovias do Brasil, a Tietê-Paraná, também teve seus embarques afetados pela seca, com a baixa da bacia do Rio Paraná, as barcaças que trafegam na hidrovia também encontram-se impossibilitadas de operar em sua capacidade plena.